PETCom trazendo os 135 anos do 13 de maio à tona 💬
- PETCom
- 11 de mai. de 2023
- 5 min de leitura
Confira a newsletter que acabou de sair com indicações que tratam da data celebrada no dia 13 de maio - a Abolição da Escravatura no Brasil -, que completa 135 anos essa semana 🗓️

No dia 13 de maio de 1888, foi assinada a lei Áurea, que aboliu o regime escravocrata no Brasil. Os impactos desse acontecimento são debatidos frequentemente por historiadores, e a comunicação, por sua vez, torna-se uma ferramenta indispensável para dar visibilidade a diversos olhares acerca desse fato histórico.
Iniciamos nossa série de recomendações apresentando a figura de Luiz Gama, jornalista brasileiro negro de grande importância durante o século XIX. O livro Lições de resistência: artigos de Luiz Gama na imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro (2020) compila grande parte de seus trabalhos e disserta sobre a importância deles para as relações entre a imprensa brasileira e as contribuições intelectuais negras.
Em seguida, as implicações do sistema escravocrata no contexto sócio-histórico brasileiro são refletidas no segundo episódio da série documental Guerras do Brasil (2018). Nele, o processo de escravidão é desmembrado desde suas origens no continente africano até o surgimento de grupos de resistência em regiões do Brasil.
Por fim, o documentário O Lado Negro do Chocolate (2010) desafia o paradigma de quem acredita que a escravidão é um mal combatido no século passado. Explorando a mão de obra infantil e escrava no processo de plantio e colheita do cacau, o documentário evidencia a necessidade da intervenção de órgãos fiscalizadores em fazendas da Costa do Marfim.
Que tal exercer a criticidade acerca dessa data por meio dessas recomendações? Vem conosco! 🧠
Protagonismo abolicionista: Luiz Gama e os resultados de sua luta
Filho de mãe negra livre e pai branco, Luiz Gama é considerado o patrono da Abolição da Escravatura no Brasil. O abolicionista foi escritor e jornalista de grande importância, sobretudo, no período escravocrata brasileiro, sendo responsável pela libertação de centenas de escravizados – libertando a si mesmo aos 17 anos de idade.
Atuou, ainda, judicialmente, tendo por base o conhecimento adquirido na Faculdade do Largo de São Francisco, como ouvinte, ao ser rejeitado como estudante por ser negro. A partir disso, Luiz Gama escrevia para jornais locais, como A Gazeta do Povo, além de expor suas descobertas sobre leis que protegiam a vida dos escravizados, mas que não eram conhecidas. Aos 29 anos, foi definido como “o maior abolicionista do Brasil”.
Partindo de sua importância para a literatura, o livro Lições de resistência: artigos de Luiz Gama na imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro (2020), organizado e comentado pela pesquisadora Ligia Fonseca Ferreira, reúne os escritos de Gama, entre os anos 1864 e 1882. A leitura se faz necessária, principalmente, para a contextualização e para o entendimento das esferas sociais vigentes na época, na qual o defensor da liberdade está entre os mais importantes intelectuais negros.
Os trabalhos reunidos no livro tratam, ainda, da política nacional, com posicionamentos críticos e satíricos, uma vez que o jornalista também defendia o fim da Monarquia – objeto de sua obra Primeiras trovas burlescas & outros poemas.
As Guerras de Palmares
No segundo episódio da série documental Guerras do Brasil (2018), no qual o diretor Luiz Bolognesi explora conflitos históricos e atuais no país, o foco se torna a escravidão e a história de um dos maiores símbolos de resistência contra o racismo. O episódio também gera uma reflexão sobre a relação entre as violências historicamente perpetradas contra a população negra e as desigualdades que ainda prevalecem.
É discutido o processo de escravidão que acontecia internamente na África, decorrente de guerras entre os povos diversos do continente, um contexto aproveitado pelos portugueses e demais colonizadores para lucrar com essa potencial mão de obra escrava disponível, o que depois chegou a proporções maiores, espalhando-se por toda a América.
Discute-se também o conjunto de campanhas militares que culminou na erradicação do Quilombo dos Palmares no Brasil, na segunda metade do século XVII, grupo que resistiu por mais de um século às investidas repressoras.
O lado negro do chocolate: a escravidão no século XXI
Dirigido por Miki Mistrati e U. Roberto Romano, “The Dark Side of Chocolate” (“O lado negro do chocolate”) é um documentário de 2010 que denuncia o trabalho escravo realizado por crianças no plantio do cacau em fazendas na Costa do Marfim.
A Costa do Marfim tem sua economia marcada pela exploração de bens agrícolas, sendo o cacau o mais importante para a exportação. Pra quem acha que o trabalho escravo não é uma realidade em pleno século XXI, a demanda pelo chocolate como produto para exportação na região suprime o compromisso ético-moral com a dignidade humana e condiciona crinças de até 14 anos, vítimas de abandono ou tráfico humano, ao exercício de árduas jornadas de trabalho sem a devida proteção ou remuneração.
O duplo sentido do título alude ao tipo de mão de obra utilizada pelas principais marcas do setor chocolateiro – como Hershey e Nestlé – que se comprometeram a cessar o trabalho escravo e infantil até 2008. Entretanto, conforme denunciado pelo documentário, a prática ilegal ainda persiste, e o sistema de fiscalização ainda se mostra inócuo em relação à situação.
O documentário também transforma o chocolate em um símbolo ambivalente: para a maioria das crianças, o produto é sinônimo de sabor e libertação dos hábitos alimentícios saudáveis encorajados pelos pais, enquanto que, para os escravizados, o chocolate é o motivo pelo qual esse tipo de sistema é legitimado.
“The Dark Side of Chocolate” deixa um sabor amargo no paladar ao tratar da fabricação do chocolate, mesmo que na embalagem venha o rótulo “ao leite”.
A NEWSLETTER DO PET MUDOU? Entenda a motivação
Sim, a partir deste ano, a tradicional e queridinha Newsletter do PetCom ganha um novo espaço em nosso site. Isso aconteceu por uma razão: sermos um grande hit.
O que isso quer dizer? Bem, nossa newsletter, até então hospedada no Mailchimp, tinha um problema: essa plataforma limitava a quantidade de envios.
Até então, isso nunca foi um problema. Contudo, neste semestre, ao atingirmos o marco de 500 estudantes inscritos (🥳) fomos informados que o número de e-mails ultrapassou o máximo permitido na versão gratuita da plataforma.
Que fazer, então? Para alguns petianos — a maioria, talvez — seguiu-se o rotineiro: surtar. Consideramos encerrar a atividade da Newsletter, remover todos os inscritos para recomeçar em uma nova conta, pagar o valor mensal cobrado no plano pago (a saber: o menos favorito). Nenhuma das opções parecia ideal.
Foi assim que chegamos ao blog do Wix! Dessa forma, vamos poder manter o arquivo de Newsletters para quem ainda não era inscrito e ainda informar para vocês, os inscritos, quando tiver uma newsletter quentinha do seu pet preferido te esperando 😆
Sim, vai ser diferente, mas que tal viver essa aventura com a gente? 🥺
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